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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Crítica: Na Estrada (2012)










     
O diretor Walter Sales adapta o livro de sucesso mundial "Open The Road" para as telas de forma plausível ao contar a história de sal Paradise que ao perder o pai vê a sua vida desmoronar e resolve cair na estrada em busca de amenizar a sua dor e no meio do caminho conhece o inconsequente Dean Moriarty que leva uma vida a base de drogas, sexo e muita rebeldia e Sal se mostra cada vez mais disposto a se descobrir como pessoa e escritor e continuar a escrever o seu livro com experiências de sua vida.

Sales vai nos trazendo as histórias de forma que vamos conhecendo os personagens que cidade por cidade, Sal vai conhecendo o mundo novo para ele e firmando uma forte amizade com Dean e essa forte e profunda amizade e é bem mostrada no filme.

A vida sexual de Sal nunca foi muito agitada mas depois de conhecer Dean ele conhece a sensual Mary Lou(Interpretada pela Kristen Stewart que está bem entregue e a vontade no papel), que logo se apaixona pelo Dean mas o mesmo só a vê como uma garota para transar e ele só dá valor a sua noiva a Camille(vivida pela Kirsten Dunst)

As atrizes escolhidas para esse filme foram muito bem escolhidas e efetuaram um bom papel com destaque para as citadas Kristen Stewart que junto com o ator Garrett Hedlund a química dos dois na tela como Mary Lou e Dean era notável e nas cenas ousadas que envolviam sexo, drogas, que particularmente não ficaram vulgares ou pesadas ficaram muito bonitas. Kirsten Dunst que trouxe seu carisma e beleza para a trama como uma forte personagem. As atrizes Amy Adams e Alice Braga apesar de terem pouco destaque elas roubaram as cenas as quais apareceram.

O diretor soube mostrar bem o triangulo amoroso Dean que mantém uma vida sexual ativa com as mulheres, fazendo diversas orgias, inclusive com o seu amigo Carlo(Vivido pelo ator Tom Sturridge) o Dean só o vê como amigo e parceiro para as suas aventuras, Carlo um cara muito sensível que escreve poemas e que já sofreu muito por amor e nutre uma louca e devastadora paixão por Dean, que não é correspondido e no fundo ele só quer amar e ser amado de volta. Sales soube mostrar de forma bonita e delicada esse amor e esse sentimento que naquela época e década de 1950 já era muito difícil ser homossexual e viver nessa condição.Tom Sturridge fazendo um ótimo personagem se entregando mesmo ao papel no filme e roubando todas as cenas as quais ele aparece.

Sales erra ao mostrar o filme muito certinho ao contrario do livro onde não sabemos onde os personagens irão, no filme a cada passagem de cidade pra outra cidade tudo é mostrado de forma meio perdida e superficial não tem muita emoção ao mostrar o personagem pegando mesmo a estrada e vivendo nessa condição sem destino, deixando o longa um pouco monótomo em algumas cenas. O diretor precisava ter ousado nessas cenas e fazer com que as viagens fossem de forma que quem está assistindo pudesse ter a sensação de estar vivendo junto com os personagens essas viagens e estar realmente na estrada deixando que a vida os leve ao melhor de suas vidas, Sales acertou na fotografia do filme que é muito bela além da trilha sonora com  canções do Gustavo Santaolala onde tem um brilho enorme e souber envolver muitas cenas do filme até salvando as cenas da mesmice.

Walter nos mostra personagens em busca da verdadeira identidade e conclui o filme nos fazendo pensar que a amizade realmente se for verdadeira ela vale a pena ser vivida e mesmo com as vaciladas de Dean esses dois amigos realmente tinham um ao outro e independente do que acontecesse eles tinham um ao outro mesmo que estivessem longe um do outro.

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